Desde as 20h do dia 28 de fevereiro, a Igreja passa pelo período chamado de Sé vacante (Trono vazio, em português). Esse período ocorre quando a Cátedra de Pedro, de onde o Papa governa a Igreja, fica desocupado, seja por falecimento ou renúncia do Pontífice.
Podemos dizer que Sé Vacante é o período entre o falecimento ou renúncia de um Papa e a eleição de seu sucessor. Nesse período, a Igreja é governada pelo Colégio dos Cardeais.
Quem definiu as regras para o período de Sé Vacante foi o Papa João Paulo II em um documento, a Constituição Apostólica “Universi Dominici Gregis”, que também tem as regras para a escolha do novo Pontífice.
Durante esses dias, deixam de ser realizadas as funções de todos os Responsáveis pelos departamentos da Cúria Romana (secretarias, comitês) e seus membros. Somente o Cardeal Camerlengo (chefe interino da Igreja durante a Sé Vacante) e o Penitenciário-Mor continuam despachando assuntos ordinários, submetendo ao Colégio Cardinalício o que seria remetido ao Papa.
O princípio que rege esse período é chamado de “nihil innovetur”, ou seja, nada se modifica na Igreja. Somente assuntos ordinários ou urgentes são apresentados ao Colégio para que sejam despachados. Os Cardeais preparam também tudo o que for necessário para a eleição do novo Papa.
“O Colégio Cardinalício não tem nenhuma potestade ou jurisdição sobre as questões que correspondem ao Sumo Pontífice em vida ou no exercício das funções de sua missão; todas estas questões devem ficar reservas exclusivamente ao futuro Pontífice”, diz João Paulo II na “Universi Dominici Gregis”.
Neste tempo de espera e expectativa pelo novo Pontífice, vamos intensificar nossas orações, pedindo que o Senhor guie a Igreja nestes dias e clamando a unção do Espírito Santo sobre os cardeais que escolherão o novo Papa. Vem, Espírito Santo!